sexta-feira, 14 de março de 2014

Lendas Urbanas: Rita Pó

Catalão é uma das cidades mais antigas de Goiás, de um passado cheio de sangue derramado por coronéis e homens que faziam justiça com as proprias mãos. É sempre bom ouvir as histórias catalanas, os mais velhos tem sempre algum fato, para contar de como era a vida em Catalão, são diversas histórias que ao longo do tempo vou postando aqui no blog.



Rita Pó - O fantasma do Morro da Saudade.
Contada por Cacauh Bento.


Reza a lenda, que uma moça de nome Rita se apaixonou por um rapaz vindo de Minas Gerais. Os dois começaram a ter um namoro escondido, e sempre marcavam de se encontrar no Morrinho de São João. Cheio de promessas o rapaz promete se casar com Rita, o rapaz fazia muitas juras de amor a Rita prometendo fazer a moça feliz. Porém Rita descobre da boca do povo que o rapaz que havia se apaixonado era casado com outra mulher, da cidade dele em Minas Gerais. Ao descobrir esse fato Rita resolve falar com ele para saber se é realmente verdade, o rapaz assume para Rita dizendo ser realmente verdade, e que não haveria como se casar com ela, e foge dela e de Catalão, deixando-a com todo o enxoval e vestido tudo preparado para o casamento. Rita se desespera por profunda decepção que teve, e se mata vestida de noiva.
Depois de sua morte, varios casais que namoravam/namoram no Morrinho de São João começaram a ser assombrados por uma mulher vestida de noiva e de afeição branca originando se o nome "Rita Pó". 
Muitas pessoas que moravam/moram ao redor do Morrinho de São João ouvia se/ouve se choros e gritos de desespero de Rita Pó dentro da Capelinha.

Existe essa outra versão da história, firmada como a mais verdadeira: 


A LOUCA DO MORRO DA SAUDADE
Escrita e Postada por: Museu Cornélio Ramos.


Ritinha Vieira era uma viuvinha rica e jovem. Conheceu um jovem dentista vindo de Minas Gerais chamado Roberto de Matos.
E por ele se apaixonou loucamente, mas Roberto era um pouco tímido e parecia fugir daquele perigoso amor, mas no seu coração existia outra paixão.
Por várias vezes eram vistos juntos. Ora escalando a colina, ora sentados na escadinha da igreja, abraçadinhos, trocando abraços e beijos.
Mas Roberto não esqueceu sua mulher e filha e resolver retornar-se para sua família, quando Ritinha descobriu seu propósito de regressar, arquitetou um plano para impedir que abandonasse. Mas Ritinha cheia de ódio retirou da sua bolsa um revolver e disparou em suas costas toda a munição que atingiu seu coração.
Daquele dia em diante transformou-se em a “Louca do Morro da Saudade”. E internaram em um manicômio. O tempo passou e ao regressar, Ritinha continuava com sua obsessão a sua afeição que tinha pelo homem transferiu-se para o morro, passando a rondá-lo com freqüência.
Rita Pó o nome que por maldade lhe foi dado no hospício. Muitos visitantes da Igrejinha dizem ver a figura fantasmagórica da Rita Pó, subindo e descendo.
Na parede da Igrejinha deixou o seguinte verso.


“A malva tem seis folhas,
O alecrim tem dezesseis,
Ou me amas para sempre,
Ou me deixas de uma “vez...”

Fonte; Catalão lendas, Poesias e Histórias

Cornélio Ramos.

Vista de longe do Morrinho de São João o "Morro da Saudade".

Até hoje é de costume/tradição dos catalanos, namorar no Morrinho de São João, um local aonde tem a mais bela vista da cidade de Catalão, um cartão postal da cidade.

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